
(Luís César Padilha)
Empreste-me seu céu, seu sol, suas sombras.
Permita-me ser aquilo que você nunca quis revelar.
Reerga seus véus e seus nós.
Reviva seus medos.
Verter músculos em consciência
é tentar amar sem perder o engano,
é transformar lavoura em família
e se firmar em uma ilha
afastada dos tiranos,
resistente a carência.
E não vou entender amor com lágrimas,
se não traduzir alegria.
Pois seu céu de desejo
com a luz fecunda
construirão sob seus pés
o espectro do viver.
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