quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Códigos do acaso


(Luís César Padilha)


Empreste-me seu céu, seu sol, suas sombras.
Permita-me ser aquilo que você nunca quis revelar.
Reerga seus véus e seus nós.
Reviva seus medos.

Verter músculos em consciência
é tentar amar sem perder o engano,
é transformar lavoura em família
e se firmar em uma ilha
afastada dos tiranos,
resistente a carência.

E não vou entender amor com lágrimas,
se não traduzir alegria.
Pois seu céu de desejo
com a luz fecunda
construirão sob seus pés
o espectro do viver.

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