
Luís César Padilha
Quando a escolha reverenciou o futuro, não houve saídas para o passado. O passado não desdenha as etapas; se não define quem é, revela quem foi; desequilibra os agoras, caso falte as certezas. E o ser não apaga as linhas escritas pelo passado. É refém de seu outro eu. Quer não ser o que foi. Quer gritar outra história para satisfazer o presente. O algoz permanece intacto, naquele tempo inalcançável, e não muda a sua marcha em direção à memória. Fecha os olhos e ele aparece. Cala e ele está. O ser não escapa de suas incertezas. É refém de seu outro eu.
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