segunda-feira, 13 de junho de 2011

Homem direção


Luís César Padilha


Eu esperei o sol durante a vida. Queria que ele visse meu olhar, minha admiração. Fui sua mão direita para escrever, esquerda pra tatear. Caminhei pisando forte com a perna esquerda, com ela afastei obstáculos. Indiquei curvas ladeiras esteiras escadas tapetes. Ao seu lado esquerdo. Destro que era, tilintava o alumínio com seus olhos agitados. E os olhos construíam mundos que eu não via, mas vivia em suas prosas. Os olhos que não enxergaram meu mundo. Fecharam. Não viram meu olhar... Eu espero o sol.


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