quarta-feira, 25 de maio de 2011

Horas de ânsia



Luís César Padilha


Ela vê sombras. Ela vê nuvens e vive o frio no encalço do sorriso. Ela não dorme e não espanta a agonia. Seus olhos abertos anjificam meu sono, mas não me livram do pesar. Ela não sorri e eu choro sem lágrimas para ela não sofrer. As sombras e as nuvens não saem. Não há estrelas e parece que elas cairão. Eu sou ela neste extremo tormento. Eu sou ela na próxima canção de suicídio. Eu sou ela na incessante busca pelo sorriso.


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Um comentário:

Anônimo disse...

que texto lindo, Padi :'/ muito mesmo. Postei ele no meu blog, tudo bem ? S:
http://quesejadocesempre.tumblr.com/post/6911991083
beijo. (Nathália Gomes)