quarta-feira, 7 de julho de 2010

Bandeira vermelha


por Marcelo Souza

Sinto que preciso fazer revolução..
Não me falta coragem, juro,
Falta saber como.
Não sei até que ponto fazer o possível é ser reformista.
Sentado no canto de uma sala de taipa,
Franzindo sobrancelhas, inocente da próxima autometamorfose,
De olho no pé da porta,
Sinto o cheiro da resposta.
Mas até que ponto somos lobos ou ovelhas?
É preciso ter unidade,
Pois não somos os únicos a sonhar revolução.
Pensando de sobrancelhas arqueadas,
Como se fosse rezar para São Saramago,
São Galeano, Santo Drummond, São Garcia Márquez.
Mas as respostas para me transformar primeiro...
Estas eu terei que encontrar sozinho.

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