sexta-feira, 11 de junho de 2010

A marcha


Marcelo Souza

Ergue-se na madrugada

Veste camisa vermelha

Como se fosse armadura.

É sol de noite inteira

Que aquece lona preta.

Vai a marcha, tomando estrada

Como sangue que toma artéria.

Que os simples derrubem cercas

E por verbos caem valores.

Taças e castiçais de prata

Tem neles seus temores.

Quem veste camisa vermelha

tem sonho que vive ainda

Os punhos cerrados ao alto

Digno, legitimo, não finda.

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